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A Corda estoura?


A Corda estoura na ponte. O que pode ser?

Pode ser várias coisas. Antes de mais nada você deve identificar onde a corda estoura, para poder identificar o problema e solucioná-lo.

Como regra geral, mas não absoluta, a corda vai estourar em uma área de contato ou em local que esteja sendo gerado estresse no material. No caso das pontes são duas áreas de contato de estresse, o carrinho e a base da ponte.

Ponte Fixa: Nos modelos de Pontes Fixas, onde as cordas transpassam o corpo, elas sofrem um estresse ao saírem da ponte em direção do carrinho. É um local onde a corda sofre alta tensão, atrito e esmagamento.

Para evitar que a corda seja decepada pelo material da ponte, nossos produtos possuem um leve escareado proporcionando uma angulação de saída que diminua o esmagamento.

Ponte Tremolo: Nas nossas Tremolos a corda não entra em contato com a base da ponte, ela sai direto do bloco em direção ao carrinho. Por segurança, mesmo não havendo relatos de problema nesse local, em 2021 adotamos por também ser feito um escareado com angulação de saída.

Carrinhos: Esse é o local mais comum para a corda estourar.

Carrinhos de Inox: Devido ao material que utilizamos, que possui uma dureza superior aos de Aço, Zamac, Latão e demais ligas, o problema de afundamento da corda que ocasiona uma rebarba estourando assim a corda é praticamente eliminado. O fato de trabalharmos com material in natura, apenas polido, não há necessidade de tratamento de superfície anticorrosão como o cromo que quando em estresse se parte, criando rebarba e um local propício para o problema. Com o nosso Carrinho em Inox Usinado esse problema não existe.

Uma outra segurança é a maneira que usinamos sulco do carrinho, que impede que haja rebarbas logo no início do processo.

Carrinhos de Latão: Naturalmente mais macios que os de inox, podem sofrer com a tensão. Esses precisam do seu cuidado como qualquer outro construído com esse material. Sempre revise e encontrando alguma marca, contate seu luthier para fazer o reparo.

Se você não encontrou nenhum desses problemas, as chances são mínimas de haver algum problema com sua ponte ou carrinho. Leve então em consideração a força que você toca, a qualidade do encordoamento e o estado de conservação dele. Parta sempre dessa primeira verificação, pois esses são os problemas da grande maioria dos casos, independente do carrinho utilizado.

Ao mesmo tempo que a tecnologia empregada na construção de encordoamentos evoluiu muito, tornando-os muito mais resistentes e duráveis, ao ponto de, por vezes, se tornarem mais agressivas aos hardwares, nut, trastes, etc., há muito encordoamento falsificado de baixa qualidade. Atente também a esse fator, pois pagar caro por um encordoamento não é sinônimo de originalidade e qualidade.

Por fim, a responsabilidade do hardware em estourar o encordoamento restringe-se ao fato de haver na área de contato da corda uma rebarba ou “fio” que propicie o corte da corda.

Encontrando qualquer um desses problemas, procure um especialista (luthier) que tenha habilidade no conserto da sua peça. Por mais que pareça uma tarefa simples, um erro pode danificar a peça ao ponto de ser irreversível. Por fim, mantenha o seu encordoamento sempre limpo e os troque regularmente e ao menor indício de oxidação. Oxidação e ferrugem causam fraqueza na corda e o maior ponto de tensão acaba sendo no carrinho e é onde mais acumula oxidação pois a mão se apoia nesse local, consequentemente será ali onde estourará a corda. Dica: Se você sofre com sudoreze, mora em região com maresia ou utiliza muito o instrumento, leve em consideração a possibilidade de usar Condicionadores de Cordas, naturalmente sempre seguindo as instruções do fabricante e evitando que esse produto entre em contato com outras partes do instrumento.

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